segunda-feira, 20 de junho de 2011

Amil lançará novos planos de saúde desenvolvidos para a classe C

Atento à ascensão da classe C no Brasil, o grupo Amil fará uma grande campanha na mídia a partir de maio para lançar um novo leque de planos de saúde queagregue mais clientes desse segmento. A companhia desenvolveu um modelo diferenciado para ofertar serviços a um custo até 25% menor do que no padrão seguido tradicionalmente.
Após aquisição da Medial e de pequenas operadoras, o diretor comercial do Grupo, Norberto Birman, destaca que a empresa pretende ampliar a participação da classe média na sua carteira, queatualmente está na faixa de 15% a 20%. 


“A despeito de o grupo Amil estar trabalhando nas diferentecamadas da população, por exemplo, os planos One Health para a classe A, estamos prestando atenção nocrescimento da classe C no País e agora temos uma linha de produtos mais interessante para competir nesse mercado com o mote de garantirmos o acesso a medicina de qualidade a um custo viável”, disse Birman, que participou nesta quarta-feira (27/04) do comitê de Saúde da Amcham-São Paulo.
empresa, detentora das bandeiras One Health (classe A), Amil (classe B), Medial (classe Ce Dix/Amico (classes D e E), conta com 5,3 milhões de usuários, sendo um milhão de planos odontológicos, um milhão de planos médicos individuais e 3,3 milhões de planos médicos corporativos (35% referentes às pequenas e médiasempresas).


Dentro do orçamento


Os novos planos de saúde elaborados com ênfase na classe C possuem preços mais acessíveis pela conjunção de uma série de estratégias. Segundo o diretor, estarão disponíveis uma rede de hospitais satélitee uma equipe de médicos que seguem protocolos de atendimento com base científica, que levam econta as melhores práticas.
Outro diferencial é a formação de centros para atendimento a grupos específicos,como as clínicas de emagrecimento, de abordagem a problemas posturais, deimunologia, de gestação de alto risco, de planejamento familiar e para abandono do tabagismo. “Na área de dermatologia, por exemplo, reunimos jovens para orientar oconduzir os tratamentos de acne”, comentou. Dessa forma, a empresa atua na vertente preventiva e de maior efetividade dos tratamentos necessários versus custos.


Além dessas medidas, a política de coparticipação permite mensalidades maiscondizentecom os orçamentos das classeemergentes. “De acordo com a utilização (consultas e procedimentos), as pessoas pagam percentuais de coparticipação na mensalidadeCriamos um núcleo de monitoramento dos pacientes para que sejam realizados os exames preventivos e que o uso geral seja mais racional, quando há necessidade médica premente.” Nos meseem que a pessoa não usa os serviços médicos e laboratoriais, a economia é de até 25%.


Cadeia da saúde


Na reunião da Amcham, Elisa Bernd, gerente de pesquisas da Ipsos Public Affairs, apresentou o Observador Brasil, uma radiografia do consumidor em 2010, realizada para a Cetelem, braço de soluções de crédito no País do banco francês BNP Paribas.


O levantamento mostra evolução da classe C, que passou de 62,7 milhões debrasileiros em 2005, para um universo de 101,6 milhõeem 2010. De acordo comElisa, a força de consumo no mercado brasileiro é reconhecida e há um clima deotimismo devido a melhora na renda familiar, criação de vagas de empregos, acesso aocrédito, movimento de bancarização e incremento das políticas sociais.


especialista ressaltou que, depois de suprir as necessidades básicas, a classeemergente busca mais qualidade de vida, desenvolvendo hábitos mais saudáveis. Nesse sentido, há espaço para incremento nos necios de toda a cadeia da saúde noPaís, desde indústrias de medicamentos, farmácias, laboratórios e hospitais a operadoras de planos de saúde.


Existem oportunidadee cabe às empresas da área da saúde se adequarem a essesconsumidores, oferecerem produtos e serviços que atendam às necessidades financeiras e de manutenção de saúde”, afirmou. 
Na visão de Elisa, as empresas devem analisar e buscar aproximação com os clientes potenciais porque precisam derrubar barreiras culturais. “Essas pessoas nunca puderam pagar planos de saúde. Ainda há a percepção de que esses serviços sãocoisas para ricos.”

Por: Daniela Rocha

fonte: Amcham Brasil em www.amcham.com.br 

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