Será que os resultados das pesquisas que vemos são confiáveis? Vimos há pouco que o erro nas pesquisas eleitorais para presidente foi grande. Fica a pergunta: tamanha diferença foi ou não proposital, tinha ou não intenção influenciadora?
Bom, mas não é sobre as eleições meu interesse, comento o tema "pesquisa" para questionar o que vem sendo feito na iniciativa privada. Muitas empresas têm oferecido seus serviços com a justificativa de identificar o posicionamento da empresa/marca frente a concorrência. Até aqui tudo bem, oferecer um serviço faz parte da livre iniciativa do mercado. O que não convém, e que acontece na maioria dos casos, é que tais serviços não condizem com o que é oferecido e não fornecem, quando fornecem, dados confiáveis ao contratante.
Sem contar os péssimos profissionais e desqualificadas empresas, ainda devo citar Francisco A. Madia de Souza, que diz "a velha, estática, pontual e fotográfica pesquisa de mercado está morta". Ou seja, não podemos mais questionar se o cliente gosta ou não de determinada marca, se conhece, quais suas experiências, etc. O que deve ser feito é apenas observar, analisar seus hábitos, costumes, relacionamentos, tudo muito mais fácil hoje, é a chamada Inteligência de Mercado, "nesse sentido, o monitoramento e o acompanhamento sensível e inteligente das redes sociais tornam-se uma providência obrigatória".
Enfim, no momento optei por não mais confiar em muitas das pesquisas que me são ofertadas, mesmo como espectador, afinal, quando alguém divulga um dado ele tem um cliente para aquele dado, o público de modo geral.
quinta-feira, 14 de outubro de 2010
quinta-feira, 7 de outubro de 2010
Evitando o Precipício...
O título sugere que evitaremos o precipício por meio de algumas ferramentas, mas na verdade eu prefiro, prevendo o precipício, pois Colins aponta 5 formas de identificar quando a sua empresa está se encaminhando para ele, o precipício. Boa leitura!
Como já diz o ditado: “é necessário um mar revolto para forjar um grande capitão”. E justamente partindo desta premissa, o administrador e consultor Jim Collins criou a sua recente obra “Como os gigantes caem”, na qual retrata como organizações líderes em suas áreas podem despencar da excelência para a irrelevância.
Diferentemente do imaginário comum, o autor acredita que as empresas não caem por uma questão de complacência ou preguiça. “Ao analisar as evidências, comprovamos que em um declínio, o padrão principal é extrapolar os limites”, avalia Collins em entrevista à revista argentina Gestión.
Mas extrapolar os limites torna-se subjetivo demais para o mundo dos negócios. Por isso, Collins acredita que “se tivesse de escolher um indicador que me dissesse se estou no caminho certo ou na curva de declínio, é óbvio que analisaria o retorno sobre o investimento, a retenção dos clientes e o fluxo de caixa, mas o que mais estudaria seria o percentual de postos-chave ocupados pelas pessoas certas, se ele aumenta ou baixa”.
Para evitar a queda ao precipício, a obra do autor pontua 5 sinais vitais de um possível declínio. São eles:
1) Excesso de confiança por um sucesso conquistado
De acordo com o estudo realizado para o livro, a crença de que uma estratégia bem-sucedida não deve ser renovada pode causar grandes prejuízos. Administradores que inovaram de forma contínua o modelo de negócio conseguiram superar aqueles que estagnaram em velhos modelos, que uma vez foram eficientes.
Um estudo de caso neste item é a Motorola, que mesmo diante dos avanços dos aparelhos celulares, continuou apostando no sucesso do StarTac.
2) Busca desordenada pelo crescimento
Normalmente, as companhias de sucesso investem em diferentes frentes ao mesmo tempo, na tentativa de acelerar o crescimento e superar a própria gestão. Este pode ser o vilão de muitas organizações, quando a companhia cresce mais rápido do que sua habilidade de preencher as posições-chave com as pessoas certas.
Alguns sinais de que a empresa está caminhando para esta direção são negligência do corebusiness, investimento em segmentos onde não é líder, apostar em ações que vão além dos recursos financeiros, entre outros.
Um caso mencionado na obra foi o da Varejista Ames, que para competir com a Wall-Mart decidiu que dobraria de tamanho em apenas 12 meses. Para isso fez uma aquisição gigantesca e desastrosa.
3) Negação do risco
Quando as empresas sofrem de miopia e começam atrelar resultados ruins a causas externas, como mercado, concorrência, momento, crise, etc, este é um sinal de que não se está avaliando os fatores de insucesso sob o ponto de vista interno da empresa. Isto leva muitas companhias à beira do precipício.
Como foi o caso da IBM, que no limite do negócio de mainframes recebeu um relatório de um dos diretores sobre as ameaças e perigos, que não foi considerado.
4) Corrida pela salvação
De acordo com o autor, ainda é possível evitar a queda se identificá-la até este ponto. Neste estágio, o declínio do negócio, geralmente, já é evidente e as companhias buscam soluções pouco sustentáveis, como líderes visionários, estratégias ousadas não testadas, transformações radicais.
As dicas que Collins dá para os líderes de empresas que estão neste estágio são: foco e cautela.
O case característico desta situação foi quando a ex-CEO da HP, Carly Fiorina, tomou a decisão desastrada de adquirir a Compaq, fusão que não trouxe os resultados esperados e culminou na demissão da executiva.
5) Irrelevância
Este estágio já é o fundo do precipício, em que as companhia já perderam a estabilidade financeira e os talentos, o que pode trazer três consequencias: venda, falência ou insignificância. Prova disto é o caso da Scott Paper, que foi comprada pela líder Kimberly-Clark.
Faça uma reflexão sobre a sua empresa e para cada um dos sinais de declínio monte uma matriz de análise da sua companhia:

Como já diz o ditado: “é necessário um mar revolto para forjar um grande capitão”. E justamente partindo desta premissa, o administrador e consultor Jim Collins criou a sua recente obra “Como os gigantes caem”, na qual retrata como organizações líderes em suas áreas podem despencar da excelência para a irrelevância.
Diferentemente do imaginário comum, o autor acredita que as empresas não caem por uma questão de complacência ou preguiça. “Ao analisar as evidências, comprovamos que em um declínio, o padrão principal é extrapolar os limites”, avalia Collins em entrevista à revista argentina Gestión.
Mas extrapolar os limites torna-se subjetivo demais para o mundo dos negócios. Por isso, Collins acredita que “se tivesse de escolher um indicador que me dissesse se estou no caminho certo ou na curva de declínio, é óbvio que analisaria o retorno sobre o investimento, a retenção dos clientes e o fluxo de caixa, mas o que mais estudaria seria o percentual de postos-chave ocupados pelas pessoas certas, se ele aumenta ou baixa”.
Para evitar a queda ao precipício, a obra do autor pontua 5 sinais vitais de um possível declínio. São eles:
1) Excesso de confiança por um sucesso conquistado
De acordo com o estudo realizado para o livro, a crença de que uma estratégia bem-sucedida não deve ser renovada pode causar grandes prejuízos. Administradores que inovaram de forma contínua o modelo de negócio conseguiram superar aqueles que estagnaram em velhos modelos, que uma vez foram eficientes.
Um estudo de caso neste item é a Motorola, que mesmo diante dos avanços dos aparelhos celulares, continuou apostando no sucesso do StarTac.
2) Busca desordenada pelo crescimento
Normalmente, as companhias de sucesso investem em diferentes frentes ao mesmo tempo, na tentativa de acelerar o crescimento e superar a própria gestão. Este pode ser o vilão de muitas organizações, quando a companhia cresce mais rápido do que sua habilidade de preencher as posições-chave com as pessoas certas.
Alguns sinais de que a empresa está caminhando para esta direção são negligência do corebusiness, investimento em segmentos onde não é líder, apostar em ações que vão além dos recursos financeiros, entre outros.
Um caso mencionado na obra foi o da Varejista Ames, que para competir com a Wall-Mart decidiu que dobraria de tamanho em apenas 12 meses. Para isso fez uma aquisição gigantesca e desastrosa.
3) Negação do risco
Quando as empresas sofrem de miopia e começam atrelar resultados ruins a causas externas, como mercado, concorrência, momento, crise, etc, este é um sinal de que não se está avaliando os fatores de insucesso sob o ponto de vista interno da empresa. Isto leva muitas companhias à beira do precipício.
Como foi o caso da IBM, que no limite do negócio de mainframes recebeu um relatório de um dos diretores sobre as ameaças e perigos, que não foi considerado.
4) Corrida pela salvação
De acordo com o autor, ainda é possível evitar a queda se identificá-la até este ponto. Neste estágio, o declínio do negócio, geralmente, já é evidente e as companhias buscam soluções pouco sustentáveis, como líderes visionários, estratégias ousadas não testadas, transformações radicais.
As dicas que Collins dá para os líderes de empresas que estão neste estágio são: foco e cautela.
O case característico desta situação foi quando a ex-CEO da HP, Carly Fiorina, tomou a decisão desastrada de adquirir a Compaq, fusão que não trouxe os resultados esperados e culminou na demissão da executiva.
5) Irrelevância
Este estágio já é o fundo do precipício, em que as companhia já perderam a estabilidade financeira e os talentos, o que pode trazer três consequencias: venda, falência ou insignificância. Prova disto é o caso da Scott Paper, que foi comprada pela líder Kimberly-Clark.
Faça uma reflexão sobre a sua empresa e para cada um dos sinais de declínio monte uma matriz de análise da sua companhia:

Fonte: http://www.hsm.com.br/
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